15 de janeiro de 2013

Uma foto, um conto

Postado por Bruh C às 17:44
Antes de escrever o post vamos explicá-lo. Enquanto navegava pela internet achei uma noticia muito interessante. ESSA. A ideia de trocar fotos por contos me deixou animada para tentar interagir mais com vocês. A ideia dessa coluna é vocês mandarem fotos para que eu possa escrever sobre ela. Então, topam?
Para o primeiro conto pedi para que minha amiga Daniele escolhesse uma foto, espero que gostem e, por favor, enviem bastante fotos.




Eu já devia ter me livrado de toda aquela bagunça há muito tempo, não fazia mais sentido guardar tudo aquilo, não quando tudo me lembrava a você  Eu coloquei tudo que você me deu nesses sete meses em um canto no meu guarda-roupa, junto com aquela touca de ursinho, que eu usava apenas ocasiões especiais. Mas por mais que eu escondesse, ainda estava ali, me lembrando de tudo que você significou para mim, mesmo quando tudo o que eu queria era desesperadamente esquecer.

Por que eu não me desapego? Por que lembrar de você me faz sorrir com lágrimas nos olhos? Não foi o suficiente ir embora, você ainda tinha que me assombrar de longe.

Minha mãe já se ofereceu milhares de vezes para se livrar daquela caixa, mas eu sempre digo que sou eu quem deve fazer aquilo, só não sei se é por que eu realmente preciso fazer isso ou se é por não conseguir me desligar.

Acho que se fosse para me desligar completamente eu teria que ser outra pessoa, morar em outra cidade e até mudar meu sotaque de sulista. Não poderia mais ir naquele banco do parque em que demos nosso primeiro beijo, logo depois de uma partida ridícula basquete entre você e eu. Aquela que você sempre acho que tivesse ganhado, mas está na cara que eu te deixei ganhar.

Não poderia mais assistir Edward, mãos de tesoura, não poderia dançar ao som de Dynamite ou muito menos cantar September, do Daughtry.

Ainda existe muito de você em mim e no fundo eu espero que ainda haja um pouco de mim em você . 

Levantei vagarosamente da minha cama e me ajoelhei ao lado da caixa, a qual fiquei encarando a manhã inteira. Jogo ou não jogo?, ou melhor, Supero ou não?

Peguei a caixa com cuidado, como se segurasse você novamente. Tudo ali para outras pessoas seria considerado lixo, papéis de presente, recados amassados e ingressos rasgadas, mas para mim, aquele papel de presente era do nosso primeiro aniversário, em que você me deu uma cópia de um de seus livros favoritos, o recado amassado foi aquele que você deixou no meu caderno pedindo para matar aula com você e ir assistir um filme e aquele ingresso foi do show em que você disse que me amava pela primeira vez.

Caminhei para fora de casa remexendo aquelas boas e velhas lembranças. E lá estava ela, a máscara que eu  usei no baile do colégio. A olhando agora para que foi há séculos, mas apenas passou quatro meses. Você estava todo cavalheiro e se atrapalhou um pouco tentando ser todo certinho, então você me chamou para dançar ao som de Alanis Morissete, naquele momento, por mais clichê que soe, só existia eu e você ali.

Nunca acreditei em contos de fadas, ou tentava não acreditar, mas você fez eu reconsiderar e descobrir que ser a princesa não é ter alguém colocando um sapatinho de cristal em seu pé ou ser beijada depois de comer uma maçã envenenada, mas sim ter alguém de te faça rir, não importa a situação, que te olhe como ninguém mais olhe e que esteja com você.

Infelizmente isso não foi o suficiente para nós dois e não sei em que ponto erramos, mas espero que um dia possamos consertar. Eu terei que ser paciente e essa caixa vai ter que ficar aqui, na lixeira. Até lá, tomara que eu esteja bem.

2 comentários:

  1. Adoreiiiiiiiiii amiga;)))))))))))
    Ficou perfect o que fez com a foto *_*
    Danizinha•

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